sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Férias faz com que o abandono de animais aumente em cerca de 30%

Olá pessoal,
Hoje vou postar uma reportagem que foi produzida por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo, que trata de um assunto muito polêmico e que em minha opinião eu abomino, O ABANDONO
Tenho apenas uma coisa a dizer, quando você leva um animal para a sua casa, a responsabilidade pela vida e qualidade de vida dele é SUA! Então MALTRATAR ou ABANDONAR animais é CRIME previsto em LEI!

Cães e gatos acabam se tornando um bem descartável para grande parte das pessoas



Animais de estimação. Incontestavelmente uma das maiores paixões do brasileiro. Nos parques eles brincam. Até em alguns shoppings eles podem entrar. Ao mesmo tempo em que vemos animais recebendo carinho e conforto, outros são abandonados à própria sorte. Segundo dados do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), órgão que cuida do recolhimento dos animais de rua em São Paulo, o período de férias apresenta um aumento de 30% no número de animais errantes. 
Segundo Marco Ciapi, presidente da Arca (Associação Humanitária de Proteção e Bem Estar Animal), ainda falta muito para os brasileiros entenderem a responsabilidade que é adotar e tomar para si uma vida. Cães e gatos acabam se tornando um bem descartável. Você os usa enquanto precisa e depois os deixa para trás.
“Cuidar de um animal é dividir uma balança entre consciência e educação. Aqui, infelizmente, a maioria tem pouco dos dois”, afirmou Ciapi. Para o ativista, os brasileiros costumam comprar e adotar animais por conta de um impulso consumista e acabam se arrependendo. Isso fica evidente no período de férias. “Famílias que não têm com quem deixar o animal durante as férias simplesmente o abandona”, contou.
Para Ciapi, o fator sócio-econômico também contribui para o grande número de animais abandonados. A porcentagem de animais registrados no país que se alimentam apenas com ração está pouco acima dos 30%. Na Alemanha, esse número ultrapassa 95%. “As pessoas acham que só vão gastar dinheiro na hora da compra do animal. Não é assim. Alimentar e cuidar de um animal não é barato”, lembrou.
ONGs e associações defensoras dos animais sempre trabalharam juntas pela diminuição do número de “animais errantes”. Conscientizar a população sobre a importância da castração foi uma dessas ações de sucesso. Mas às vezes, medidas que parecem vir para o bem acabam piorando o cenário.
Em 2008, o Governo do Estado de São Paulo proibiu o sacrifício de animais saudáveis. Em um primeiro momento todos comemoraram. Só que o número de bichos desamparados acabou crescendo. “Aquela pena que alguns tinham na hora de deixá-los na rua acabou”, afirmou Ciapi.
Para mudar esse cenário, ONGs e canis municipais fazem campanha de adoção para dar a esses animais uma vida mais digna. Foi assim que o administrador Rogério Lourenço encontrou Johnnie Walker. O pequeno vira lata não tinha lar e agora serve de companhia para todos da família. “Minha mãe já tinha adotado um cão quando ela era criança. Achei legal a ideia de continuar essa tradição na minha família, além de tirar um animal da rua”, disse Lourenço.
A maioria dos cães abandonados não é de raça. Mas a quantidade de animais com pedigree nas ruas está crescendo. Cerca de 30% por cento dos animais que chegam aos canis para adoção têm raça definida. 
Naná nunca esteve em nenhum canil. Ela foi encontrada por Maria Magalhães presa a um poste na avenida Santo Amaro. A Border Collie estava suja e pesando menos de 15 quilos. “Era uma imagem muito triste. Decidi levá-la pra casa na mesma hora. Hoje, ela está saudável e alegre. Não para um minuto”, afirmou a estudante, que acaba representando uma pequena parcela de exceção no cenário triste dos animais abandonados.


Fonte: www.metodista.br

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